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domingo, 4 de outubro de 2015

A Vida Contada de A. J. Fikry

Autor: Gabrielle Zevin
Edição: 2015/ setembro
Páginas: 264
ISBN: 9789898781468
Editora: Self

Sinopse:
A vida de A. J. Fikry não é, de modo algum, a que ele esperou que fosse. Vive sozinho, a sua livraria está a passar pelo pior momento da sua história e, agora, a sua preciosidade mais valiosa, uma rara antologia de poemas de Poe, foi roubada. Mas quando uma misteriosa encomenda aparece na livraria, a sua inesperada chegada dá a Fikry a oportunidade de mudar completamente a sua vida, e ver tudo com novos olhos.

Divertida, terna e comovente, A Vida Contada de A. J. Fikry relembra-nos a todos porque é que lemos e porque é que amamos. Este livro tem humor, romance, suspense, mas, acima de tudo, amor - amor pelos livros e amor pelas pessoas dos livros. 
Um hino à gloriosa imperfeição da humanidade.

A minha opinião:
Não sei explicar porque fiquei cismada com este livro, mas essa é a verdade. Procurei-o e coloquei-o no topo da minha lista de leituras. E uma história tão simples e despretensiosa, com personagens banais e humildes, mas com as quais nos identificamos pelas suas qualidades humanas, perdura na minha memoria e leva-me a refletir nos acasos da vida e no apego que temos por coisas e por pessoas. 

A.J.Fikry é um livreiro que escolheu sê-lo por amor aos livros e à literatura, mas a perda da sua parceira de vida e de negócios muda a sua perspetiva das coisas. Maya altera tudo. Amélia também. Não achei muito verossímil a transfiguração do rabugento Fikry, nem a extraordinária capacidade de Maya ou o romance com Amélia, mas no conjunto temos uma narrativa calorosa e acessível que nos transmite confiança e otimismo, apesar do final.  

A livraria Livros da Ilha na Ilha Alice é o cenário onde se dão os principais acontecimentos e ponto de encontro de pessoas com afinidades que desconheciam. Local de veraneio que fora da época ganha vida literária. Um hino aos livros, em que o e-book não foi esquecido.

"As palavras que não conseguimos arranjar, pedimo-las emprestadas. 
Lemos para sabermos que não estamos sozinhos. Lemos porque estamos sozinhos. Lemos e não estamos sozinhos. Não estamos sozinhos."                                            (pag.249)

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