Páginas

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

O Fim Das Estações

Autor: Will North
Edição: 2015/ julho
Páginas: 280
ISBN: 978-972-23-5584-1
Editora: Editorial Presença

Sinopse:
A caminho do trabalho, Colin Ryan encontra Pete - a mulher que ama há 30 anos e que é casada com o seu melhor amigo - caída inconsciente numa curva perigosa da estrada. Acreditando tratar-se de uma tentativa de suicídio, Colin faz o que sempre fez desde que se iniciou a sua amizade turbulenta: trata de Pete e conforta-a, atento às pistas que poderão resolver o mistério que a deixou quase moribunda à beira da estrada enevoada.

A minha opinião:
Suponho que, todos os que temos este vicio de ler, temos alguns autores que seguimos com carinho. As histórias que nos contam, prendem-nos como encantamento, e é quase certo que todo o tempo de que dispomos para a leitura, é... impagável. Especial.

Will North é um desses autores que referi. Uma quase obsessão.
Narrativa forte, segura e cinematográfica, com personagens que nos marcam, e onde nada fica por contar. E sem cansar ou deixar pontas soltas. Histórias dentro da história.

Um grupo de pessoas, habitantes de verão duma pequena ilha, Madrona Beach, Seattle, viviam num "mundo aparentemente isento de problemas civis ou domésticos convencionais e imune ao crime, a sua riqueza fora da ilha funcionando como uma espécie de redoma de fibra de vidro que os isolava das fragilidades e tragédias humanas mais banais. (...) as pessoas de verão também sofriam. Mas guardavam-no para elas." (pag. 140)

Tão semelhante ao que pensamos dos ricos e famosos que acompanhamos através dos meios de comunicação. Como se existissem a um nível superior do comum dos mortais, sem dificuldades de maior, sofrimento, perdas ou dor. Felizes e privilegiados, como se tratasse de uma graça divina. Esquecemos que, os sentimentos e emoções são comuns, bem como os erros.

Famílias. Ligadas durante anos. E o quanto ocultam. E que deliciosa comédia de costumes vamos desvendando gradualmente, em suspense, numa paisagem de sonho, Colin, preconiza um ideal masculino, de tão integro e humano. Como o autor deve ser.

Um prazer de ler!

Sem comentários:

Enviar um comentário