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sábado, 30 de maio de 2015

Serpentina

Autor: Mário Zambujal
Edição: 2014/ outubro
Páginas: 160
ISBN: 9789897241765
Editora: Clube do Autor

Sinopse:
Para Mário Zambujal, o mais importante é saber que os leitores se divertem com os seus livros. É nisso que se concentra quando agarra na caneta e se põe a imaginar peripécias, enredos e personagens. "Serpentina" não fugiu à regra e arrisca-se a ser o romance mais divertido do ano.Nele acompanhamos as reviravoltas na vida de Bruno Bracelim - primeiro a partida da família para o Canadá, quando ainda menino, e depois um acidente de trânsito, já em adulto - e divertimo-nos com as situações armadilhadas de um destino tão imprevisível quanto animado.Num estilo inconfundível, eis um supremo divertimento em que a imaginação e o humor se entrelaçam com a reflexão e a emoção.

A minha opinião:
Um livro muito bem disposto. 
Sarcasmo sobre a atribulada existência de Bruno Bracelim, simultaneamente narrador e personagem principal, enquanto tenta endireitar a sua vida e procura o rosto perfeito de mulher. Mas não há bela sem senão, como lhe explica Noé, enquanto as peripécias surgem com mulheres belas e atrevidas de permeio e bons malandros. E dinheiro, esse malandro que lhe falha, numa mala que passa de mão em mão. 

Mas a vida é cheia de imprevistos e a sorte e a fortuna aparecem quando e onde menos se espera. Bruno, um homem feito, que em criança ficou ao desvelo da madrinha Henriqueta quando a família emigra para o Canada, descobre o paradeiro da mala e uma misteriosa vizinha que o encanta distante. 

Uma leitura tão agradável, leve e despretensiosa que perdemos a noção do tempo ate ao termo do livro. Os estrangeirismos em português são um acréscimo divertido ao todo que lemos. Podem confundir os mais desatentos mas no fim vão apreciar. 

A História de Lupita

Autor: Laura Esquivel
Edição: 2015/ maio
Páginas: 224
ISBN: 9789892330587
Editora: ASA

Sinopse:
Lupita é uma mulher fora de série. Forte. Ardente. Inesquecível. Numa sociedade obcecada com as aparências, o dinheiro e o poder, ela é uma heroína improvável. Uma lutadora que protege os mais fracos e injustiçados. 
Lupita é também uma mulher com um passado doloroso. Frágil. Romântica. Devastada. Que vive com memórias agridoces de um tempo que, sabe, não voltará.

Na sua busca por amor, ela dá por si no lugar errado à hora errada. Bastarão apenas uns segundos para mudar a sua vida. Ao testemunhar um assassinato, Lupita passa a ser uma mulher marcada. Mas a revolta que nasce dentro de si é mais forte do que o medo que sente. A vítima, Arturo, era o único homem em que acreditava incondicionalmente. A sua morte leva-a a tomar uma decisão extrema: lutar até ao limite das suas forças e fazer justiça… por Arturo, por si própria e por todos aqueles que não têm voz.
A escritora mexicana Laura Esquivel, autora do clássico contemporâneo Como Água para Chocolate, está de volta com uma parábola mágica sobre afetos, coragem e redenção. A sua linguagem plena de misticismo e espiritualidade dá vida a uma mulher excecional, uma heroína atípica que ficará gravada para sempre na memória dos leitores.

A minha opinião:
Lupita gostava de ... assim começa ... a história de vida de Guadalupe, que entrelaça os pequenos prazeres triviais do dia-a-dia com a vida difícil que tenta a todo o custo ultrapassar. O crime do presidente da câmara que testemunhou sem compreender e aceitar, é o ponto de partida para uma revolta que abrange a sua vida e a do México, com tudo o que de errado acontece.

Dor, Perda e Redenção são as temáticas de fundo, enquanto a investigação desta mulher se faz com o recurso à amiga Célia. Um livro com uma mensagem subliminar. 

Uma história bonita e inspirada sobre uma mulher simples e marcada que encontra a paz e o amor. Uma mulher que nos cativa, numa história concisa e muito bem contada. Uma história que evolui sem recurso a grandes rasgos de erudição ou descrições, mas com o fito no deslindar do crime e o que o motivou, para que prevaleçam os valores ancestrais mexicanos e os princípios do Bem.

Um prazer de ler!     

domingo, 24 de maio de 2015

O Espião Português

Autor: Nuno Nepomuceno
Trilogia: Freelancer (Vol. 1)
Edição: 2015/ fevereiro (nova edição)
Páginas: 376
ISBN: 9789897061424
Editora: TopBooks

Sinopse:
E se toda a sua vida, tudo aquilo em que acredita, não passar de uma mentira? O que faria?
Estocolmo, Suécia. Encerramento da Presidênca da União Europeia.
Quando André Marques-Smith, o jovem director do Gabinete de Informação e Imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros português é enviado à capital sueca, está longe de imaginar que aquele será um ponto de viragem na sua vida.

Ao serviço da Cadmo, a agência de espionagem semigovernamental para a qual secretamente trabalha, recupera a primeira parte de um grupo de documentos pertencentes a um cientista russo já falecido. Mas quando regressa a Portugal, tudo muda. Uma nova força obteve a segunda parte do projeto e, de uma forma violenta e aterrorizadora, resolveu mostrar ao mundo que está na corrida pelos estudos do cientista.
Por entre os cenários reais de cidades como Estocolmo, Roma, Viena, Londres e Lisboa, a luta pelo inovador projecto começa, os disfarces sucedem-se, as missões multiplicam-se. E, enquanto é forçado a lidar com os condicionalismos de uma vida dupla, André vê-se inesperadamente envolvido num mundo de mentiras e traições, o mesmo que o levará a fazer uma descoberta que poderá mudar toda a Humanidade.

Vencedor do Prémio Literário Note! 2012, O Espião Português funde elementos tradicionais da ficção de espionagem com uma abordagem inovadora, intimista e sofisticada. Thriller intenso e vertiginoso, ode à família, amizade e amor, este é um romance imprevisível e contemporâneo ao qual não conseguirá ficar indiferente.

A minha opinião:
Com o lançamento do segundo volume desta trilogia intitulado a "A Espia do Oriente" fiquei curiosa em conhecer André Marques-Smith, o espião português que tantos já conheciam e admiravam.

Olhos verdes de perdição para um belo e garboso espião que perdeu um amor que não o merecia. 
Esta parte da trama, de espionagem, intriga, suspense e acção, foi o que menos me convenceu. As peripécias e fugas, as manobras e traições, as viagens de trabalho e resgate num mundo de aparências e convenções correspondem `as expectativas e prendem-nos a uma narrativa rápida e bem elaborada, sem quebras de ritmo ou de interesse do leitor. Mas ... esta fragilidade da personagem que quebra com um tão grande desgosto... aos meus olhos deixa-o com um ar de bom rapaz que era, mas menos duro e viril como ansiava encontrar num bom português espião. 

As surpresas deste espião são outras e bem mais intrincadas que se procuram desvendar numa leitura seguida e sobre as quais nada devo revelar. 

Agora, resta-me ler o segundo volume para saber mais sobre estas motivadas e determinadas personagens a lutar em lados opostos para conseguir um importante projecto. 

domingo, 17 de maio de 2015

três pianos e outros exercícios

Autor: Paula Dias
Edição: 2015/ março
Páginas: 171
ISBN: 9789892053538

A minha opinião:


"Paula Dias.
Nasceu em Lisboa...
É jurista e conta histórias.
Agora, apeteceu-lhe partilhar algumas dessas histórias.
Esta é a primeira partilha. 
E tu foste um dos eleitos."

E é isto, que consta na penúltima pagina. Que fui bafejada pela sorte com a amizade de uma mulher talentosa. Uma mulher de modos suaves, que admiro, e que concretizou o sonho de escrever um livro de contos que reflecte um pouco de si. 

Um pequeno livro, discreto e requintado,  a preto e branco, de cantos arredondados, que facilmente acompanhou-me na minha rotina em que eu o folheava a qualquer momento. 

Gosto muito de contos e este livro não desmereceu o meu apreço. Contos que muito nos dizem porque em alguns a acção passa-se em Lisboa. Contos sobre desventuras e recomeços, enfim...  sobre pessoas e os seus conflitos e dramas. 

Difícil escrever sobre uma obra de quem tanto se estima, sem que essa estima não sobressaia, relativamente `as palavras soltas que li em devaneio, como "pérolas para colar" e "prestação de contas", os meus contos favoritos. 
   
Para ler devagar e assim apreciar. 

domingo, 10 de maio de 2015

O que não pode ser salvo

Autor: Pedro Vieira
Edição: 2015/ março
Páginas: 288
ISBN: 9789897221781
Editora: Quetzal

Sinopse: 
Um triângulo amoroso que liga França, o Norte rural português, Lisboa e a margem sul. Uma jovem francesa, filha de emigrantes portugueses, que vem viver para a terra a que não pertence; um rapaz que luta para sair do meio devorador em que nasceu; um miúdo burguês, canhestro, com uma família de fachada; e um quarto elemento que completa o elenco de uma tragédia contemporânea de ressonâncias clássicas: história de amor, racismo, ciúme, traição, vingança e inquietação, qual Otelo de Shakespeare e de fancaria na era do rap, do Facebook e do call center.

O Que Não Pode Ser Salvo é também o retrato dos males sociais e culturais que afligem um país enfraquecido pela crise económica e a falência dos valores.

A minha opinião: 
Mais um livro que li devido a boas influências.
Ser membro de um clube de leitura tem destas coisas. Para alem dos muitos livros que queremos ler, sempre que nos reunimos e trocamos pareceres, eu acrescento mais livros. A pilha de leituras pendentes, cresce, cresce, cresce, sem parar. Um desespero!

Este livro já me tinha passado pelas mãos e bem recomendado, mas a minha persistente relutância com autores portugueses vingou. Advertiram-me para a escrita fluída e corrida, com limitada pontuação, mas isso não me incomoda nada. Ate´acho piada. De qualquer modo, eu faço mentalmente a pontuação a meu belo prazer e portanto, desde que a historia me convença obtenho o que desejo. Ora, neste aspecto, na época vacilei. Um triângulo amoroso!!! Tema batido. 

Um triângulo amoroso mas atualizado no contexto da sociedade portuguesa. E com uma linguagem adequada, que distingue os elementos intervenientes neste enredo. Três personagens, e três estereótipos que se cruzam dramaticamente.
O calão e os provérbios adaptados tão a gosto da criativa juventude. A perspectiva do que nos rodeia com um olhar critico mas imparcial.

Por tudo isto, arrisquei e ganhei uns bons momentos de leitura. Quase pareceu letra de Rap devido `a cadencia em algumas passagens, mas noutras desafiaram-me com as mudanças de texto e de "voz" das personagens. 

Gostei muito. Irreverente. 

domingo, 3 de maio de 2015

Verão Sem Homens

Autor: Siri Hustvdet
Edição: 2012/ abril
Páginas: 208
ISBN: 9789722050777
Editora: DOM QUIXOTE

Sinopse: 
Há tragédias e há comédias, não é verdade? E são frequentemente semelhantes, um pouco como os homens e as mulheres. Uma comédia depende de parar a história exactamente no momento certo. Esta é a voz de Mia Fredrickson, a viperina e trágico-cómica narradora de Verão Sem Homens. Mia é obrigada a examinar a sua vida no dia em que, sem pré-aviso e depois de trinta anos de casamento, o seu marido lhe pede "um tempo". Após um período de internamento num hospital psiquiátrico, ela decide passar o Verão na sua cidade natal, onde a mãe vive num lar de idosos. Sozinha em casa, Mia entrega-se à fúria e à autocomiseração. Mas, lenta e ardilosamente, a pequena comunidade rural insinua-se na sua esfera pessoal. Os "Cinco Cisnes" - um surpreendente grupo constituído pela sua mãe e as amigas -, a jovem vizinha, as adolescentes que frequentam o seu workshop de poesia... uma multiplicidade de vozes, vulnerabilidades, pequenas tiranias e desafios que resultarão na mais improvável das relações.

A minha opinião: 
Verão Sem Homens e Siri Hustvedt. Nem o titulo deste romance ou a autora me tentavam para o ler. (Reparei no sorriso travesso de um homem que me viu a ler este romance porque deveria ter ideias preconcebidas como as minhas o eram anteriormente).

Claro que sei quem é Siri Hustvedt e julguei que seria um romance "chato" e cheio de dogmas feministas. Gosto de feminino e não de feminismo. Estava equivocada e os comentários de apreço e satisfação com que se referiam a este livro as minhas amigas deixaram-me muito tentada. E não poderiam estar mais certas. Este romance e esta autora ficam guardadas na minha memoria pelo grato prazer que foi esta leitura. Uma revelação. Uma compreensão abrangente, sensível e coerente do sexo feminino que consegue atingir as mais distraídas e inexperientes para esta coisa das emoções e sentimentos. E dos relacionamentos.

Uma mulher com um longo casamento é trocada por uma pausa e tem um surto psicótico que a sujeita a um breve internamento. Decide mudar no verão para a sua cidade natal e convive com mulheres mais experientes e viúvas, com uma dureza mental e uma autonomia que lhes dava um verniz de invejável liberdade. Chamava-lhes Os Cinco Cisnes. As sete jovens que se inscreveram para um Workshop de poesia foram um bom desafio para esta professora poetisa em recuperação. Os vizinhos do lado e os seus conflitos davam que pensar. E um misterioso interlocutor inicialmente com ameaças e depois apenas um bom interlocutor.

Um enredo de personagens marcantes em interacção e reflexão numa historia bem construída e melhor contada. Uma escrita sublime e eloquente. Sem pausas na leitura tal o pasmo e admiração.

sábado, 2 de maio de 2015

Romance Acidental

Autor: Martha Woodroof
Edição: 2015/ março
Páginas: 400
ISBN: 9789892330372
Editora: ASA

Sinopse: 
Se Jane Austen e Woody Allen se juntassem para escrever um livro, o resultado seria muito semelhante a Romance Acidental.
Há muito que Tom Putnam se resignou a uma vida solitária. 
Os seus dias são passados a dar aulas de Inglês, a moderar as excentricidades dos colegas, e a cuidar de Marjory, a mulher neurótica que o prende num casamento disfuncional. O seu ideal de felicidade inclui (unicamente) as prateleiras poeirentas da livraria da universidade. Uma rotina ordenada e apática que corre o risco de ruir com a chegada de Rose Callahan, cuja missão é reavivar a decrépita livraria.

A energia de Rose e a sua indiferença perante a rígida hierarquia académica têm o dom de despertar os espíritos mais adormecidos. A começar pelo próprio Tom, cuja vida está prestes a mudar, ainda que não da forma (romântica) com que secretamente sonha. Numa carta breve, a poetisa com quem teve um desastrado caso amoroso no passado traz-lhe duas notícias. A primeira: Tom tem um filho com dez anos chamado Henry. A segunda: Henry está prestes a chegar.
Tom fica nas nuvens. E não desce à Terra mesmo perante o facto (óbvio) de Henry não poder ser seu filho e o desaparecimento (definitivo) de Marjory. A verdade é que a simples presença de Rose é suficiente para lhe encher o coração de amor. Mas este sentimento, sem o qual já não imagina viver, é, ironicamente, o único com que Rose não consegue lidar. E é então que, um dia, Rose desaparece misteriosamente...

A minha opinião: 
Romance Acidental foi um inesperado prazer de ler. 

Personagens grandiosas na sua simplicidade e compulsiva bondade. Personagens com conteúdo. Personagens que gostaríamos de conhecer. 

Rose Callahan, é uma personagem iluminada, que ao contrario do comum dos mortais coloca a ênfase na substancia e não na superfície e empaticamente relaciona-se com todos, incluindo quem se fecha por insegurança ou protege segredos, na livraria, alma da universidade e da comunidade.

Marjory que numa fase inicial da trama morre, liga Rose a Tom. Agnes, a minha personagem favorita, tem uma relação de sincero afeto e apreço mutuo com o genro,  e esta será posta `a prova com a chegada de Henry, uma impossibilidade física disfarçada de responsabilidade legal.

E finalmente, Russel e Íris, duas personagens que se detestam mas... se protegem. 

Uma historia arrebatadora pela forma magistral como é contada. O alcoolismo e os recomeços. E  também, o medo de perder a liberdade. Um acidental romance com o leitor. A vida acontece na ficção.  

Deslumbra-me

Autor: Maggie Shipstead
Edição: 2015/ abril
Páginas: 280
ISBN: 9789898752604
Editora: Jacarandá

Sinopse: 
Durante anos Joan tentou esquecer o passado e encontrar paz e satisfação no papel de mulher e mãe. Naquele pacato subúrbio californiano, poucos conhecem a sua emocionante história - a história de uma jovem bailarina americana que, em Paris, se envolveu num romance apaixonado e sem futuro com Arslan Rusakov, a maior estrela do ballet russo. Após ter desempenhado um papel fundamental na sua deserção, Joan despediu-se dos palcos para sempre, de coração partido por Arslan e desiludida com a sua carreira modesta.

Mas quando o seu filho se torna um bailarino prodigioso, Joan é de novo atraída para o mundo que julgara ter deixado para trás - um mundo onde se reencontra com segredos perigosos, Arslan e o desejo por aquilo que nunca poderá ter.
Absorvente e dramático, Deslumbra-me é uma história sobre a natureza do talento, as escolhas que temos de fazer para alcançarmos a realização pessoal e como nunca conseguimos verdadeiramente fugir dos segredos do passado.

A minha opinião: 
Deslumbra-me é o que o coreógrafo pedia aos seus bailarinos durante os ensaios e o que os reconhecia como verdadeiros bailarinos. Maldição, insaciabilidade e o destino, quando se olhavam nos olhos. Depois, para alguns o talento e a fama. A solidão para outros. Mas todos têm um papel, um epíteto e uma história acerca de como vieram a ser aquilo que são.

Esta é uma história de amor à dança e devoção ao ballet. Está dividida em 5 partes, cada capítulo com referência temporal e espacial, para que o leitor se localize na narrativa que avança e recua, conforme a necessidade de se contextualizar a cena. Das personagens, artistas, com excepção de Jacob, temos histórias pessoais de amor, desolação e encantamento. O limite da idade e os limites do corpo e o modo como o amor, por mais tortuoso que seja, no fim é libertador. 

Um bom enredo com personagens algo excêntricas, mas compreensíveis para o leitor, porque estas se movem num mundo à parte. Um tanto densa esta historia para quem não partilha esta forma de vida e se depara com muitas passagens sobre dança e o labirinto existencial das personagens. O final foi o mais empolgante deste romance para um pessoa comum, não devota como eu.