Páginas

terça-feira, 21 de outubro de 2014

A vida secreta de Stella Bain

Autor: Anita Shreve
Edição: 2014/ julho
Páginas: 260
ISBN: 9789897241635
Editora: Clube do Autor

Sinopse: 
Um livro sobre a vida, a esperança, as lembranças do passado e a capacidade de construir um futuro contra todas as expectativas.
França, 1916. Uma mulher acorda na cama de um hospital de campanha em Marne, sem qualquer recordação do seu passado ou de como ali chegara. Enverga o uniforme de uma enfermeira voluntária britânica, mas fala com um sotaque americano. O que fará ali, em pleno campo de batalha?

Identificou-se como Stella, mas sente que esse não é o seu verdadeiro nome. De repente, uma palavra incita-a a agir e Stella parte para Londres, onde espera encontrar algumas respostas e abrir as portas para o seu passado.
Com a ajuda de um cirurgião britânico, que a acolhe e se interessa pelo seu caso, vai-se redescobrindo, e as verdades são ao mesmo tempo chocantes e surpreendentes. Ao recuperar a memória, Stella vê-se obrigada a confrontar o passado sombrio da mulher que foi.
Neste envolvente drama, Anita Shreve tece uma apaixonante história acerca do amor e da memória, tendo como pano de fundo uma guerra que devastou milhões de civis e deixou sequelas em todos aqueles que testemunharam os seus horrores.
Um romance histórico inesquecível, sério e surpreendente.

A minha opinião: 
Este romance reconciliou-me com Anita Shreve. "A praia do Destino" foi uma revelação, mas os outros romances que li da autora foram uma desilusão. "A vida secreta de Stella Bain" tem o mesmo cunho do primeiro livro que li (e referi), e por isso, ficará impresso na minha memória. 

Stella Bain é uma mulher forte, determinada e corajosa que enfrenta a morte enquanto condutora de ambulâncias e muito sofrimento e devastação durante a 1º Guerra Mundial como auxiliar de enfermagem. Uma mulher que perdeu a memória e a identidade. Uma mulher coerente com um tempo e um lugar em que o rigor e a rigidez das regras masculinas dava pouca liberdade e espaço às mulheres. 

O passado para explicar o presente da narrativa que decorre no início do Sec. XX. Etna Bliss surge no Almirantado, enquanto os primórdios da psicoterapia começa a lidar com o que sabemos ser o trauma de guerra.

Uma história viciante que se lê de um fôlego. Uma personagem admirável, contida e reservada, mas de uma ética inabalável. Recomeçar e recuperar o que de mais precioso uma mulher pode ter. 

E mais não revelo, porque a descoberta é algo que não se deve perder no desenvolvimento de uma narrativa.

Recomendo sem reversas. 

Sem comentários:

Enviar um comentário