Edição: 2014/ maio
Páginas: 208
Editora: Guerra e Paz
ISBN: 9789897021077
Sinopse:
Depois da morte do marido e da filha num brutal acidente de automóvel, Diane fecha-se em casa durante um ano, imersa em recordações, incapaz de reagir. Mas, quando já nada parece poder mudar, é precisamente uma dessas recordações que a faz escolher Mulranny, uma pequeníssima aldeia na Irlanda, como destino.
Instalada numa casa em frente ao mar, Diane é gentilmente recebida por todos os habitantes - todos menos um. Será Edward, o bruto e antipático vizinho, a resgatar Diane da apatia em que parece estar novamente a mergulhar. Primeiro, pela ira e pelo ódio. Mas depois, contra todas as expectativas, pela atracção. Como enfrentar este turbilhão de sentimentos? O que fazer com eles?
A minha opinião:
Romance que quando se pega não se despega.
Uma daquelas compras por impulso que, como todos sabemos são as melhores. A capa chamou-me a atenção, e desde já devo acrescentar que a Diane que imaginei tem aquele aspecto. A Diane é parisiense.
O título, extenso, intriga. E surpreende, quando sabemos de que se trata.
Enquanto decorria a leitura, que durou apenas algumas horas, pensei que se as pessoas felizes lêem e bebem café, (categoria onde me integro), as pessoas infelizes fumam e por vezes, bebem demasiado... para afugentar fantasmas ou sufocar a dor. Não é uma descrição justa, mas adequa-se. Diane e a Edward, vizinhos por um curto período, no meio do nada, ou melhor uma pequena e acolhedora localidade próxima do mar, na Irlanda, procuravam o isolamento e a privacidade para fazer o Luto. Edward era alto e irascível, tornando-se intimidante, mas isso era algo que Diane não conseguia tolerar e retaliava energicamente.
Contrariamente ao que que se possa pensar, não é um romance leve, banal ou lamechas. A mágoa, o ressentimento e a perda, sem a contenção que nos exigem os outros, ou a vida mundana, é devastador e extremo e nesse ponto, o ridículo e o caricato também tem lugar.
Romance equilibrado sobre sentimentos.
A importância de um bom amigo, como o Félix para um colo quando necessário e uma pequena comunidade, onde alguma pessoas, que sem nada saber ou exigir em troca, ajudam e confortam. O papel dos outros na recuperação de corações partidos.
Maravilhoso.
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