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sábado, 31 de maio de 2014

Uma Espia no meu Passado

Autor: Lucinda Riley
Edição: 2013/ junho
Páginas: 496
ISBN: 9789892323619
Editora: ASA

Sinopse:
Côte d`Azur, 1998. Émilie lutou sempre contra o seu passado aristocrático. Agora, com a morte da mãe, é obrigada a confrontá-lo pois é a única herdeira do imponente castelo da família. Mas com a casa vem uma pesada dívida e muitas interrogações: qual era a finalidade do quarto secreto que descobre por baixo da adega? Quem é a misteriosa Sophia, que assina um comovente caderno de poemas? Quem foram os protagonistas da trágica paixão que mudou o curso da história da família?

Londres, 1943. Em plena Segunda Guerra Mundial, a inexperiente Constance Carruthers é recrutada pelos serviços de espionagem britânicos e enviada para Paris. Um incidente separa-a do seu contacto na Resistência Francesa, obrigando-a a refugiar-se junto de uma família aristocrata que entretém membros da elite de Hitler ao mesmo tempo que conspira para libertar o país. Numa cidade repleta de espiões e no auge da ocupação nazi, Constance vai ter de decidir a quem confiar o seu coração.
Constance e Émilie estão separadas por meio século mas unidas por laços que resistiram à força demolidora do tempo. Os segredos que o passado encerra pulsam ainda em busca de redenção.

A minha opinião:
Como pode uma pessoa compreender o presente se não conhecer o passado? 

É com base nessa premissa que a autora entrelaça duas histórias, em duas épocas distintas, com duas mulheres como protagonistas para uma maravilhosa narrativa, com um enredo emocionante e personagens profundamente humanas. Para quem vivenciou aquela época terrível da Segunda Guerra Mundial, não é fácil encarar o passado de um modo frio e desligado ou sequer de uma perspetiva lógica como acontece às novas gerações, saturadas de ler e ouvir falar daquele tempo, mas que ainda assim teve impacto no desenvolvimento do futuro, como aconteceu com a família aristocrata de la Martinières.  

Rivalidades e invejas traçaram também o destino de irmãos em ambas as épocas, como foi o caso de Sebastian e Alex, netos de Constance Carruthers, em 1999, bem como de Frederik e Falk em 1943.

Lucinda Riley consegue tecer histórias de muitas páginas que se lêem num ápice, tal o encantamento a que sujeita os seus leitores, com narrativas vibrantes de mistério, intriga, aventura e ação, ainda que um tanto romanceadas. Personagens carismáticas, representativas do Bem e do Mal. que evoluem no desenrolar da trama. Contudo, não as achei muito consistentes em determinadas peripécias. Apreciei particularmente o Alex, como bom analista das personalidades que o rodeavam, tendo avaliado que Émile não correspondia ao arquétipo de mimada e autoconfiante, mas antes repudiasse o brilho, glamour e os excessos que protagonizaram a vida da sua mãe, relegando-a para um segundo lugar, sentindo-se pouco amada e ignorada e assim vulnerável a um oportunista mentiroso.

Por tudo isto, uma autora a reter e um livro a ler.

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