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sexta-feira, 11 de abril de 2014

Laços de Vida

Autor: Debbie Macomber
Edição: 2014/ março
Páginas: 360
ISBN: 9789720046246 
Editora: Porto Editora

Sinopse:
Durante anos, o objetivo de Libby Morgan foi tornar-se sócia da conhecida e competitiva firma de advogados onde trabalha. Para tal sacrificou tudo - amizades, casamento e o sonho de criar uma família. Quando finalmente é chamada à administração, Libby mal contém a sua felicidade, mas não está preparada para a notícia que irá receber: face às dificuldades económicas, Libby é despedida.
Sem perspetivas de trabalho, Libby aproveita para cuidar das amizades que descurou. Assim, enquanto retoma velhos hábitos, passa a frequentar uma loja de malhas onde nutrirá amizades que lhe mudarão a vida.

É ali que conhecerá a doce e sensível Lydia, a proprietária da loja e a sua espirituosa filha adolescente, Casey; bem como a melhor amiga desta, Ava, uma jovem muito tímida e ingénua, que carrega um segredo que não ousa contar a ninguém. Não tardará que Libby considere aquelas mulheres inspiradoras a sua nova família. Consegue mesmo encontrar o amor na figura de um médico enigmático conhecido por doutor Coração de Pedra.
Mas quando tudo finalmente se parece recompor, Libby é confrontada com uma fantástica oferta de trabalho que, caso aceite, poderá ameaçar a felicidade pessoal conquistada há tão pouco tempo. Que opção escolher quando os dois mundos parecem tão incompatíveis?

A minha opinião:
Este romance não foi o que eu esperava. Debbie Macomner é uma autora que reconheço e até mais de metade deste romance estava deliciada com a ligação empática que tinha estabelecido com Libby numa situação que compreendia. Orfã de mãe ainda muito jovem e desamparada pelo pai, batalhou para singrar na vida e corresponder às expetativas e simultâneamente preencher o vazio que o divórcio lhe deixou com a falácia de que o trabalho seria a solução. "A profissão alimentara-lhe o ego e permitira-lhe escamotear os problemas atrás de uma parede defensiva.". (pag. 302)

Quantas e quantas pessoas conhecemos que enquadramos nesta descrição e que foram surpreendidas com a demissão, quando tinham dado tudo de si em prol de uma carreira???
As relações casuais que foram surgindo neste período permitiam-lhe obter alguma confiança e esperança, principalmente depois de conhecer Philip, que contrariamente à alcunha porque era conhecido, era gentil, compassivo e terno. É neste ponto que o meu entusiasmo esmorece porque a relação de dois adultos apesar das feridas de relacionamentos antigos não seria tão idílica e frugal mesmo levando com calma. Seria apaixonada, emotiva e vigorosa nos preciosos momentos partilhados e obviamente que teria sexo. O cunho de realismo e atualidade desta narrativa perde-se.

A partir daí, não houve crescimento da personagem mas uma regressão, em que o ritmo e fluidez da narrativa abrandou com muitos diálogos que pouco acrescentavam para um final muito romanceado e novamente pouco verossímil.

Comovente com a temática da gravidez em adolescentes através personagem de Ava, e inspirador com o o voluntariado no berçário do hospital, que justifica a belíssima capa deste livro, mas ainda assim ficou áquem das  minhas expetativas.

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