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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

O Café do Amor

Autor: Deborah Smith
Edição: 2013, maio
Páginas: 432
ISBN: 9789720045959
Editora: Porto Editora

Sinopse:
Cathryn Deen vivia num mundo de sonho: atriz famosa, idolatrada, era considerada a mulher mais bela do planeta. A fama era tudo na sua vida. Mas após sofrer um trágico acidente de automóvel, que a deixa marcada para sempre, decide ocultar-se de tudo e todos.

Escondida na casa da sua avó materna nas montanhas da Carolina do Norte, Cathryn tenta ultrapassar os seus traumas com a ajuda da sua grande prima Delta, uma mulher roliça e bem-disposta, dona do café local. Considerada por todos a alma daquele vale, Delta alimenta com os seus cozinhados e biscoitos deliciosos o corpo e o espírito dos mais carentes.
Um dos seus protegidos é Thomas Mitternich, um famoso arquiteto, fugido de Nova Iorque, após os atentados às Torres Gémeas lhe terem roubado o que de mais valioso tinha na vida: a mulher e o filho. Atormentado pela culpa, Thomas acredita que nada nem ninguém lhe poderá devolver a razão de viver e, entregue ao álcool e ao desespero, espera um dia ganhar coragem para se juntar àqueles que mais amava.
O destino irá cruzar os caminhos de Cathryn e Thomas numa história magnífica de superação, ensinando-os a transformar as adversidades em oportunidades e a valorizar a beleza que existe em tudo o que os rodeia.

A minha opinião:
Uma história admirável de coragem e inspiração ... e amor,  contada com a mestria de quem sabe como tocar a fibra sensível do coração do leitor, com palavras de dor e humor, numa mistura realmente inebriante. Personagens marcadas pelo drama, de inteligência acutilante e humor cáustico que sobreviveram a difíceis experiências de perda e no limite resistem.

Um romance que não nos deixa indiferentes, seja pela humanidade e integridade das personagens  que, mesmo fragilizadas, acodem e acolhem quem deles necessita, como as meninas enjeitadas pela sorte (e animais domésticos também), seja pelas deslumbrantes paisagens descritas das montanhas da Carolina do Norte, com o Cume da Mulher Selvagem, que herdou da avó Nettie e onde Cathryn Deen procurou esconder as suas cicatrizes e recuperar a fé e a esperança no futuro, com um núcleo de amigos que nunca desistem de ajudar e amparar.

Esta leitura tem o condão de nos reconciliar com a Humanidade e de nos fazer acreditar que o ser humano é notável quando sabe usar o coração. E o impensável acontece. Faz-nos sentir que a Vida vale a pena ser vivida. Afinal, "os desígnios da banha são insondáveis"

Um senão: Não gostei do título que achei lamechas e muito romancezinho. Preferia-o traduzido à letra "O Cafè Crossroads" de Delta que era o colo de mãe que todos precisamos em alguns momentos.

Um prazer de ler!

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