Páginas

quinta-feira, 20 de junho de 2013

se pudesse voltar atrás

Autor: Marc Levy
Edição: 2013, abril

Páginas: 248
ISBN: 9789722526005
Editora: Bertrand Editora

Sinopse:
Andrew Stilman, jornalista do New York Times, acaba de se casar. Na manhã de 9 de julho de 2012, bem cedo, está a fazer jogging na margem do Hudson quando, de súbito, é violentamente agredido. Uma dor fulgurante atravessa-lhe o corpo e ele sente-se submergir num rio de sangue. Andrew perde os sentidos… e, ao recuperar a consciência, está a 9 de maio de 2012.
Dois meses mais cedo, dois meses antes do seu casamento.
A partir desse momento, Andrew tem 60 dias para descobrir o seu assassino, 60 dias para mudar o curso do seu destino. E, a partir de então, cada minuto conta…
A sua investigação leva-o numa viagem vertiginosa, de Nova Iorque a Buenos Aires, e até aos meandros dos momentos mais obscuros da ditadura argentina. Uma corrida contra o tempo, entre o suspense e a paixão.

A minha opinião:
Procurei resistir mas não consegui. A tentação de voltar a ler Marc Levy no seu mais recente livro e deliciar-me com diálogos cúmplices e muito divertidos entre personagens que se estimam, para além da vertigem literária com uma quedazinha para o místico e espiritual que desde logo se antecipa nesta leitura, é simplesmente irresistível. Afinal, quem consegue evitar considerar a possibilidade de voltar atrás e mudar as circunstâncias que desencadearam esta ou aquela situação? E se ...? Tantas eventualidades ... 

Esta premissa é o que dá nome ao livro. Contudo, Andrew não suspeita quem poderia tê-lo assassinado e porquê, e como tal, tem de o descobrir para assim reverter o seu destino. Conta com um amigo que, apesar de céptico se dispõe a ajudá-lo, bem como um detective reformado que acidentalmente o tinha atropelado. Uma corrida contra o tempo.

Thriller, investigação policial e romance, tudo condensado numa narrativa que empolga e diverte para um desfecho inesperado. Mas, o mais importante e que nos faz reflectir seja o artigo sobre a adoção de crianças chinesas por muitas famílias americanas que se descobre ter sido uma manobra criminosa. Uma das pistas que ele segue para descobrir o criminoso. O seu último artigo não publicado, do conhecimento dos visados que vigiavam a investigação que desenvolvia em Buenos Aires, sobre o desaparecimento de 30.000 pessoas durante a ditadura argentina, sem que os responsáveis tenham sido verdadeiramente punidos e as consequências para as famílias e filhos, é talvez o mais perturbador de toda a trama que ultrapassa a fição. Mistura de géneros que prodigiosamente Marc Levy consegue numa estória absolutamente soberba.

Um prazer de ler!

Sem comentários:

Enviar um comentário